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domingo, 10 de fevereiro de 2019

INICIANDO NOSSAS ATIVIDADES COM O GÊNERO CRÔNICA - 1ª Séries do Ensino Médio

ATIVIDADE SOBRE O GÊNERO CRÔNICA -  PROFESSORA: JURACI VENANCIO- LÍNGUA PORTUGUESA/LITERATURA- Alunos das 1ª séries do EM

Conceito e definição:


A crônica é uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações tomadas pelas personagens.

Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.


O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.



Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:


• Narração curta;

• Descreve fatos da vida cotidiana;

• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;

• Possui personagens comuns;

• Segue um tempo cronológico determinado;

• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;

• Linguagem simples.


Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura um hábito agradável!

Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
A Crônica é um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.
Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja, fica fora do contexto.
No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a publicação dos "Folhetins" em meados do século XIX.
Alguns escritores brasileiros que se destacaram como cronistas foram:
Segundo o professor e crítico literário Antônio Cândido, em seu artigo “A vida ao rés-do-chão” (1980):
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor. “Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque sendo assim ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura (...).
(...) Ora, a crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas. Ela é amiga da verdade e da poesia nas suas formas mais diretas e também nas suas formas mais fantásticas, sobretudo porque quase sempre utiliza o humor. Isto acontece porque não tem pretensões a durar, uma vez que é filha do jornal e da era da máquina, onde tudo acaba tão depressa. Ela não foi feita originalmente para o livro, mas para essa publicação efêmera que se compra num dia e no dia seguinte é usada para embrulhar um par de sapatos ou forrar o chão da cozinha.”
Nesse trecho tão esclarecedor podemos destacar características fundamentais sobre a crônica, por exemplo, a aproximação com o público, na medida em que contém uma linguagem mais direta e despretensiosa.
Ao mesmo tempo que é marcada notadamente pelo tempo, ou seja, pela curta duração que possui esse tipo de texto.
A crônica foi inicialmente desenvolvida com caráter histórico (as crônicas históricas). Elas relatavam desde o século XV fatos históricos (reais ou fictícios) ou acontecimentos cotidianos (sucessão cronológica), algumas com toque de humor.
Mais tarde, esse tipo de texto despretensioso foi se aproximando do público e conquistando os leitores mundo afora. Hoje, esse fato é confirmado pela enorme difusão das crônicas, sobretudo nos meios de comunicação.

Principais Caraterísticas
  • Narrativa curta
  • Linguagem simples e coloquial
  • Poucos personagens, se houver
  • Espaço reduzido
  • Acontecimentos cotidianos
Tipos de Crônica
Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo, (com enredo, foco narrativo, personagens, tempo e espaço) há diversos tipos de crônicas que exploram outros gêneros textuais.
Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas, temos:
  • Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.
  • Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da crônica narrativa.
  • Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por exemplo: uma crônica jornalística e humorística.
Exemplo de Crônica
Segue abaixo um exemplo de crônica do escritor brasileiro “Machado de Assis”. Ela foi publicada em 22 de agosto de 1889, no jornal “Gazeta de Notícias” no Rio de Janeiro.

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                                                             “Bons dias!
Quem nunca invejou, não sabe o que é padecer. Eu sou uma lástima. Não posso ver uma roupinha melhor em outra pessoa, que não sinta o dente da inveja morder-me as entranhas. É uma comoção tão ruim, tão triste, tão profunda, que dá vontade de matar. Não há remédio para esta doença. Eu procuro distrair-me nas ocasiões; como não posso falar, entro a contar os pingos de chuva, se chove, ou os basbaques que andam pela rua, se faz sol; mas não passo de algumas dezenas. O pensamento não me deixa ir avante. A roupinha melhor faz-me foscas, a cara do dono faz-me caretas...
Foi o que me aconteceu, depois da última vez que estive aqui. Há dias, pegando numa folha da manhã, li uma lista de candidaturas para deputados por Minas, com seus comentos e prognósticos. Chego a um dos distritos, não me lembra qual, nem o nome da pessoa, e que hei de ler? Que o candidato era apresentado pelos três partidos, liberal, conservador e republicano.
A primeira coisa que senti, foi uma vertigem. Depois, vi amarelo. Depois, não vi mais nada. As entranhas doíam-me, como se um facão as rasgasse, a boca tinha um sabor de fel, e nunca mais pude encarar as linhas da notícia. Rasguei afinal a folha, e perdi os dois vinténs; mas eu estava pronto a perder dois milhões, contando que aquilo fosse comigo.
Upa! que caso único. Todos os partidos armados uns contra os outros no resto do Império, naquele ponto uniam-se e depositavam sobre a cabeça de um homem os seus princípios. Não faltará quem ache tremenda a responsabilidade do eleito, — porque a eleição, em tais circunstâncias, é certa; cá para mim é exatamente o contrário. Dêem-me dessas responsabilidades, e verão se me saio delas sem demora, logo na discussão do voto de graças.
— Trazido a esta Câmara (diria eu) nos paveses de gregos e troianos, e não só dos gregos que amam o colérico Aquiles, filho de Peleu, como dos que estão com Agamenon, chefe dos chefes, posso exultar mais que nenhum outro, porque nenhum outro é, como eu, a unidade nacional. Vós representais os vários membros do corpo; eu sou o corpo inteiro, completo. Disforme, não; não monstro de Horácio, por quê? Vou dizê-lo.
E diria então que ser conservador era ser essencialmente liberal, e que no uso da liberdade, no seu desenvolvimento, nas suas mais amplas reformas, estava a melhor conservação. Vede uma floresta! (exclamaria, levantando os braços). Que potente liberdade! e que ordem segura! A natureza, liberal e pródiga na produção, é conservadora por excelência na harmonia em que aquela vertigem de troncos, folhas e cipós, em que aquela passarada estrídula, se unem para formar a floresta. Que exemplo às sociedades! Que lição aos partidos!
O mais difícil parece que era a união dos princípios monárquicos e dos princípios republicanos; puro engano. Eu diria: 1°, que jamais consentiria que nenhuma das duas formas de governo se sacrificasse por mim; eu é que era por ambas; 2°, que considerava tão necessária uma como outra, não dependendo tudo senão dos termos; assim podíamos ter na monarquia a república coroada, enquanto que a república podia ser a liberdade no trono, etc., etc.
Nem todos concordariam comigo; creio até que ninguém, ou concordariam todos, mas cada um com uma parte. Sim, o acordo pleno das opiniões só uma vez se deu abaixo do sol, há muitos anos, e foi na assembléia provincial do Rio de Janeiro. Orava um deputado, cujo nome absolutamente me esqueceu, como o de dois, um liberal, outro conservador, que virgulavam o discurso com apartes, — os mesmos apartes.
A questão era simples. O orador, que era novo, expunha as suas idéias políticas. Dizia que opinava por isso ou por aquilo. Um dos apartistas acudia: é liberal. Redargüia o outro: é conservador. Tinha o orador mais este e aquele propósito. É conservador, dizia o segundo; é liberal, teimava o primeiro. Em tais condições, prosseguia o novato, é meu intuito seguir este caminho. Redargüia o liberal: é liberal; e o conservador: é conservador. Durou este divertimento três quartos de colunas do Jornal do Comércio. Eu guardei um exemplar da folha para acudir às minhas melancolias, mas perdi-o numa das mudanças de casa.
Oh! não mudeis de casa! Mudai de roupa, mudai de fortuna, de amigos, de opinião, de criados, mudai de tudo, mas não mudeis de casa!
Boas noites.”

ATIVIDADES
. Copiar definição e conceito;
. Copiar nomes dos cronistas;
.Ler o exemplo da crônica de Machado de Assis;
.Fazer uma pesquisa em www.google.com sobre biografia e bibliografia de Machado de Assis e entregar para nota valendo (1,0) um ponto;
.Pesquisar em www.google.com uma crônica para cada cronista mencionado acima. (2,0) dois pontos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Equipe Roque Bastos 2019: Primeiros momentos do ano letivo!


A Equipe Roque Bastos retornou ao trabalho de 2019 em 31 de janeiro. Na data, Professores e Gestores se reuniram em pré-planejamento, no objetivo de traçar novos caminhos para o sucesso da escola.
Depois do café da manhã, foi realizado uma importante dinâmica com todos os presentes, sob coordenação do PC Prof.Fábio Oliveira, na quadra poliesportiva. Nessa ocasião, houve uma apresentação de todos os professores que trabalharão durante o ano.
Após esse momento, em sala, professores e gestores discutiram entre si as formas de trabalho e os objetivos almejados pela equipe.









DIA 01 de Fevereiro: Início das aulas para os alunos do Ensino Fundamental e Médio:

Alunos da maior rede de ensino público do país, os da Secretaria de Estado da Educação do Estado de São Paulo , retornaram às aulas em 01 de fevereiro, concomitantes com a Equipe Escolar. Será um ano de grandes desafios em busca de uma melhor qualidade de ensino, agora sob o comando do Governador João Dória e do Secretário de Educação Rossieli Soares.
Para que as ações escolares sejam devidamente realizadas, Gestores e Professores se apresentaram aos alunos do Ensino Médio (Manhã) e Fundamental II (Tarde). Foi salientado pela Diretora de Escola- Maria Aparecida dos Santos aspectos fundamentais para que a nossa escola possa realizar um bom trabalho e um ensino de qualidade.
O horário para os alunos da Manhã será das 7h às 12h20, à tarde das 13h às 18h20, de segunda à sexta-feira. Não serão dispensandos da escola, uma vez dentro dela, por meio de telefonemas dos pais, a fim de preservar a segurança e integridade de todos. Vale ainda destacar a importância da frequência regular às aulas, o uso da camiseta escolar, o uso consciente do celular nos momentos de aula, etc.
Nessa questão, em sala de aula, os alunos deverão não usar os seus celulares e fones de ouvido. No entanto, quando for necessária  a pesquisa em sala de aula e sob ordem do professor, o celular poderá ser um grande aliado no processo ensino-aprendizagem. Cabe aos pais e à toda equipe escolar, orientar frequentamente os alunos, já que a Educação é Direito e Dever de Todos!























A FAMÍLIA ROQUE BASTOS deseja a todos um ótimo ano letivo, com muita paz, saúde, sucesso e prosperidade!!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Ano Novo, Novas Esperanças!!

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 O Ano de 2019 chegou e com ele novas esperanças de um Mundo melhor, como também alguns temores quanto ao acontecimentos da vida.
Fatos históricos nacionais importantes aconteceram e, com os mesmos certas incertezas do novo também assombram nossas mentes e fazem os nossos corações baterem em descompasso.
No terceiro dia de 2019, o Brasil anseia por mudanças reais, face aos governos recém empossados. A exemplo de nosso querido Euclides da Cunha, podemos dizer: " O brasileiro antes de tudo é um forte". Digo assim, pois, mesmo tendo vivido tempos difíceis em 2018, ainda conseguimos sonhar e acreditar que tudo pode melhorar.
Sendo assim, esperamos que tudo possa se transformar com muito trabalho e fé em Deus. É o momento de darmos as mãos e lutarmos por um bem único comum, o bem-estar social.Mesmo sabendo que orçamentos dos governos federal e paulista vivem seus dramas, podemos e devemos apostar no sucesso, pois, se vestirmos a roupa do pessimismo, nada de bom acontecerá.
Na área da Educação , o novo Secretário de Estado de Educação de São Paulo- Rossiele Soares afirmou em primeira entrevista do ano que o cenário educacional atual é uma "tragédia". Alunos e professores poderão começar o ano letivo no vermelho, mas não podemos nos deixar abater pela preocupante notícia.
Em 01 de favereiro, quando as aulas retornarem, é necessário antes de tudo que todos nós façamos uma criteriosa reflexão sobre os nossos papéis na Educação e o que podemos fazer de fato, para que o nosso querido Estado de São Paulo evolua nessa importante pasta e serviço vital à sociedade.
Professores, Gestores e Alunos deverão antes de tudo firmarem um compromisso sério com a Educação, deixando de lado as velhas práticas que nada valem e, antes de mais nada, prejudicam aprendizados. Se houver "vontade recíproca", poderemos sim fazer uma Educação Pública de qualidade em São Paulo.
Vamos confiar e acreditar, mas trabalhar com bastante empenho para que o nosso 2019 seja de fato, novo e feliz. Que Deus nos abençoe!!

                                                                               Prof.Sérgio Luiz de Mello

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A FAMÍLIA ROQUE BASTOS deseja a todos um excelente 2019, com realizações plenas, saúde e felicidades!!