Consumistas
Entenda
a cabeça dos adolescentes brasileiros e saiba o porquê de nossa nova geração
consumir 47% a mais que os jovens americanos.
Matheus
Evangelista
Os Jovens entre 15 e 22
anos de hoje não possuem apenas um sonho. Eles possuem vários. E quais são
esses sonhos? Celulares? iPods? Carros?Cada um com sua expectativa e seu
desejo mais íntimo. O simples fato de gastar já faz destes jovens uma espécie
de consumidores mirins, que por incrível que pareça representa uma enorme
parcela na economia nacional. Os números não erram e não há como negar: os
jovens estão comprando mais a cada dia.
De acordo com a psicóloga Maura de Albanesi, o jovem ainda não sabe definir-se e por isso precisa pertencer a um grupo que, de certa forma passa a definir quem ele é. Pense em uma patricinha, um punk ou em um hippie. Isso explica o simples fato de compras desenfreadas e atitudes infantis quando o dinheiro está em pauta. Um dos maiores exemplos é a compra impulsiva, que depois de realizada traz o sentimento de culpa "Quando consigo achar e comprar o que quero, fico feliz e mais disposto. Mas se compro, só por comprar, acabo ficando com culpa e peso na consciência por ter gastado muito", revela Luigi Müller, 16 anos que se declara um comprador responsável e jura que só compra quando realmente precisa. Será?
"A roupa que o jovem veste deve ter uma etiqueta, uma marca forte e em evidência. É uma forma de mostrar status, de dizer como se vive, é assim que ele se identificará, e não se constrangerá tendo que dizer para os outros quem ele é, coisa que ele ainda não sabe" afirma Maura. Mais um forte indicio de que a personalidade dos 'teenagers' ainda não esta pronta para encarar uma vida de verdade.
O desejo e a vontade de ter aquilo que o amigo possui também é um fator agravante na vida dos 'jovens consumidores', que reparam mais no que o outro está usando, e o julga e o rótula a partir destes emblemas. Não é de se espantar então que a vontade de compra dos jovens brasileiros seja maior que a dos americanos; segundo pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 70% dos jovens brasileiros se interessam por compras, enquanto nos Estados Unidos o percentual é de apenas 33%.
Para a estudante Elisa Assumpção, de 17 anos, o fator compras não passa de um hábito cotidiano: "Costumo visitar lojas com mais freqüência quando estou com amigos e em promoções, vou ao supermercado todos os dias e tenho um péssimo hábito de comprar coisas caras, ainda mais sendo uma moradora do bairro Jardins em São Paulo", revela a compradora mirim, que já deixou em sua loja favorita R$1.232,00 em uma saia 'básica'.
Maura afirma ainda que o problema maior esta entre nós. "Na sociedade vale mais o que a pessoa tem do que quem ela é e por isso este consumismo desenfreado não para nos adolescentes. Mas o mais interessante é que na adolescência este consumismo é mais adequado, porque eles estão buscando apenas a sua identidade, a questão que ecoa é:“Quem sou?".
Juntos são 28 milhões de brasileiros nessa faixa etária e movimentam aproximadamente 30 bilhões de reais por ano, possuindo o poder de influenciar os pais em compras desnecessárias como carros, roupas e aparelhos eletrônicos; chegando a um montante de mais de 92 bilhões em apenas 12 meses. E é nos muitos shoppings centers que essa nova geração faz a festa. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos-Marplan assustadores 37% dos jovens realizam suas compras em shoppings, contra apenas 33% dos adultos.
Os desejos não param de crescer e o poder de compra desses jovens também não. Elisa Assumpção viaja para o exterior duas vezes por ano e em ambas as viagens, as compras já vão pré-programadas: "Sou fã das marcas Prada, Miu Miu e Apple, então a cada viagem para fora do país pelo menos uma peça de roupa e um gadget eu tenho que trazer".
Mas como contornar essa situação? Segundo Maura a solução do problema está mais próximo do que se imagina: "Quando o adolescente ingressar no mercado de trabalho irá verificar por si só que outras coisas lhe serão exigidas, além da aparência e do poder aquisitivo. Ter mais responsabilidades é uma delas e com isso o jovem vai descobrir as suas qualidades e aos poucos abandonar as etiquetas externas e as compras excessivas".
De acordo com a psicóloga Maura de Albanesi, o jovem ainda não sabe definir-se e por isso precisa pertencer a um grupo que, de certa forma passa a definir quem ele é. Pense em uma patricinha, um punk ou em um hippie. Isso explica o simples fato de compras desenfreadas e atitudes infantis quando o dinheiro está em pauta. Um dos maiores exemplos é a compra impulsiva, que depois de realizada traz o sentimento de culpa "Quando consigo achar e comprar o que quero, fico feliz e mais disposto. Mas se compro, só por comprar, acabo ficando com culpa e peso na consciência por ter gastado muito", revela Luigi Müller, 16 anos que se declara um comprador responsável e jura que só compra quando realmente precisa. Será?
"A roupa que o jovem veste deve ter uma etiqueta, uma marca forte e em evidência. É uma forma de mostrar status, de dizer como se vive, é assim que ele se identificará, e não se constrangerá tendo que dizer para os outros quem ele é, coisa que ele ainda não sabe" afirma Maura. Mais um forte indicio de que a personalidade dos 'teenagers' ainda não esta pronta para encarar uma vida de verdade.
O desejo e a vontade de ter aquilo que o amigo possui também é um fator agravante na vida dos 'jovens consumidores', que reparam mais no que o outro está usando, e o julga e o rótula a partir destes emblemas. Não é de se espantar então que a vontade de compra dos jovens brasileiros seja maior que a dos americanos; segundo pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 70% dos jovens brasileiros se interessam por compras, enquanto nos Estados Unidos o percentual é de apenas 33%.
Para a estudante Elisa Assumpção, de 17 anos, o fator compras não passa de um hábito cotidiano: "Costumo visitar lojas com mais freqüência quando estou com amigos e em promoções, vou ao supermercado todos os dias e tenho um péssimo hábito de comprar coisas caras, ainda mais sendo uma moradora do bairro Jardins em São Paulo", revela a compradora mirim, que já deixou em sua loja favorita R$1.232,00 em uma saia 'básica'.
Maura afirma ainda que o problema maior esta entre nós. "Na sociedade vale mais o que a pessoa tem do que quem ela é e por isso este consumismo desenfreado não para nos adolescentes. Mas o mais interessante é que na adolescência este consumismo é mais adequado, porque eles estão buscando apenas a sua identidade, a questão que ecoa é:“Quem sou?".
Juntos são 28 milhões de brasileiros nessa faixa etária e movimentam aproximadamente 30 bilhões de reais por ano, possuindo o poder de influenciar os pais em compras desnecessárias como carros, roupas e aparelhos eletrônicos; chegando a um montante de mais de 92 bilhões em apenas 12 meses. E é nos muitos shoppings centers que essa nova geração faz a festa. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos-Marplan assustadores 37% dos jovens realizam suas compras em shoppings, contra apenas 33% dos adultos.
Os desejos não param de crescer e o poder de compra desses jovens também não. Elisa Assumpção viaja para o exterior duas vezes por ano e em ambas as viagens, as compras já vão pré-programadas: "Sou fã das marcas Prada, Miu Miu e Apple, então a cada viagem para fora do país pelo menos uma peça de roupa e um gadget eu tenho que trazer".
Mas como contornar essa situação? Segundo Maura a solução do problema está mais próximo do que se imagina: "Quando o adolescente ingressar no mercado de trabalho irá verificar por si só que outras coisas lhe serão exigidas, além da aparência e do poder aquisitivo. Ter mais responsabilidades é uma delas e com isso o jovem vai descobrir as suas qualidades e aos poucos abandonar as etiquetas externas e as compras excessivas".
Maura de Albanesi é
psicoterapeuta pós-graduada em Psicoterapia Corporal, Terapia de Vivências Passadas
(TVP); Master Pratictioner em Neurolinguística; e mestranda em Psicologia e
Religião pela PUC.
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