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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Suporte pedagógico aos alunos das 2ª séries A,B,C-EM- Escritor Eça de Queiroz( Realismo Português)

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Sobre o autor 
José Maria de Eça de Queiroz nasceu em 1845, em Portugal. É considerado um dos mais importantes escritores portugueses. Quando criança, ficou internado num colégio da cidade do porto. Quando adulto, formou-se em Direito, e além de advogado, foi também jornalista. Em sua época, foi o primeiro grande escritor português a conquistar reconhecimento internacional.

Fonte: http://tempoderecordar-edmartinho.blogspot.com.br/2012/04/eca-de-queiroz-o-disse.html

PRINCIPAIS OBRAS QUE INFLUENCIARAM O REALISMO NO BRASIL

1- "O crime do Padre Amaro"
Importância do livro
O Crime do Padre Amaro é a maior obra do escritor Eça de Queiroz. Sua publicação marca o início do Realismo português e é considerada por muitos a melhor obra do movimento.  Devido a denúncia de corrupção dos membros da igreja e a discussão sobre a quebra do celibato, sofreu perseguições da Igreja Católica. 


Período histórico
Na segunda metade do século XIX, Portugal passava por grandes transformações; não apenas sociais, mas também filosóficas. Eça teve assim uma grande influência do positivismo de Comte. No literário, o social passa a ser discutido, analisado, deixando de lado a visão romântica voltada para o eu. O principal, agora, passa a ser a discussão dos problemas sociais.

ANÁLISE

O narrador da obra é pronunciado em terceira pessoa e onisciente. Ou seja, ele conhece o sentimento e as ações dos personagens da trama em seu íntimo. É capaz de dizer o que estão sentindo e pensando os personagens de acordo com os acontecimentos. O narrador nessa obra chega até a impor qualidades ao clero e às beatas através de adjetivos muitas vezes rudes, como é o caso de Ruça, que era denominada pelo narrador como “idiota”.  
Deixando de lado os chamados de “romances de entretenimento”, que se baseavam em discutir questões pessoais e amores subjetivos, surgem os chamados “romances de tese”, pertencendo ao movimento do Realismo, como é o caso do livro O Crime do Padre Amaro. Sendo assim, a obra põe em questão discussões políticas e sociais, como o atrelamento entre os interesses do clero e o envolvimento político. Por exemplo, Amaro conseguiu a transferência para Leiria por indicação da condessa de Ribamar, filha da senhora que cuidou dele quando criança. A obra, influenciada também pelo naturalismo, revela que os modelos comportamentais são justificados em sua maior parte pelo meio. Assim, todo comportamento tem um motivo. Padre Amaro, ao se deixar levar por desejos carnais e quebrar o celibato, estava correspondendo ao meio em que vive, já que descobriu que seu antigo mestre também tinha um caso secreto. Além disso, o instinto sexual era algo intrínseco ao ser humano, com isso, pertencente aos padres, inclusive.
Sendo assim, padre Amaro não é visto no livro como um culpado, e sim como um sujeito que não possui escolhas. Por exemplo, ele não tinha escolha em relação à entrada no seminário; era um pedido, senão uma ordem, de sua tia. Respondendo aos seus instintos que desde criança já afloravam juntos a suas amas de criação e que perpetuava até no seminário, ele não tinha alternativa a não ser se envolver com uma jovem tão bonita como Amélia. Ele é sujeito do meio em que vive. Quando Amaro entrega a criança a uma “tecedeira de anjos”, sabendo que a criança tinha muitas chances de morrer, ele não tinha outra escolha, segundo sua visão. Mesmo após se arrepender e tentar recuperar a criança retornando à casa, ao se deparar que tudo já estava feito, o arrependimento torna-se momentâneo, passando com o decorrer do tempo.

PERSONAGENS

Amaro: Personagem principal que tem seu nome no título do livro. Vai pro seminário aos 15 anos, a mando de sua tia. Acostuma-se com a vida de padre pelas facilidades e pelo status. Envolve-se com Amélia.
Amélia: moça de família com 24 anos. Era noiva de João Eduardo. Porém, apaixona-se pelo padre Amaro, mantendo o relacionamento em segredo. Fica grávida, e após o nascimento do filho, tiram ele dela. Não suportando, Amélia falece.
Cônego Dias: mestre de moral e Amaro, no seminário. Possui um relacionamento secreto com D. Joaneira. Descobre a relação de Amélia com Amaro e ajuda a Amaro a buscar soluções para esconder a gravidez de Amélia.
D. Joaneira: mãe de Amélia, tem uma relação com o cônego Dias. Hospeda o padre Amaro em sua pensão.
D. Josefa: irmã do cônego Dias. Fez Amélia desistir do casamento com João Eduardo por ele ser um herege. Ao ficar doente, vai com a Amélia grávida para o interior, acreditando que Amélia estaria grávida de um homem casado.
Ruça: era criada na casa de D. Joaneira.
Libaninho: beato que fazia muitas fofocas.
Dr. Godinho: dono do jornal que João Eduardo publicou seu comunicado.
Dr. Gouveia: médico respeitado na cidade. Cuidou de Amélia desde criança e, quando ela ficou grávida, ajudou no seu parto.
Dionísia: criada de Amaro. Descobre o envolvendo dos dois e acoberta. Ajuda na hora do parto de Amélia e dá ideias para o padre Amaro com quem deixar a criança.
Tio Esgelhas: sineiro. É o dono da casa onde Amélia e Amaro se encontravam. Pai de Totó.
Totó: paralítica que Amélia fingia que lhe ensinava. Odiava Amélia e era apaixonada não declaradamente por Amaro.
Fonte: http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros/o-crime-do-padre-amaro.html
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2- Os Maias


Os Maias


“Os Maias” do escritor português Eça de Queirós é leitura obrigatória para quem deseja passar com louvor num vestibular disputado ou melhorar as notas de Literatura na escola. Sua importância é tamanha, pois Eça é considerado dentre os autores de ficção em língua portuguesa, um dos mais relevantes. A obra se torna ainda mais interessante ao revelar-se uma análise – algumas vezes crítica – da alta sociedade de Lisboa, sendo denominada por Eça como “cenas da vida portuguesa”. “Os Maias” faz parte de uma trilogia, composta ainda por “Primo Basílio” e “O Crime do Padre Amaro”, que também retratam em alguns trechos a vida da burguesa portuguesa e o conflito de valores com os mais humildes. De forma muito forte para alguns, o escritor utilizou o livro para criticar a hipocrisia e os vícios daquela sociedade. O principal papel do livro acaba sendo o de forçar o leitor a refletir sobre os ócios e virtudes que fazem parte da vida de cada indivíduo, e como o papel da sociedade é capaz de moldá-lo.

Triste vida e morte

Pedro da Maia era filho único de Afonso Maia, um rico e nobre proprietário. Dona Maria Eduarda Runa, esposa de Afonso, deu ao filho uma educação exacerbadamente rígida e religiosa, criando um garoto assustado e de caráter fraco. Quando se torna adulto, mesmo contra a vontade de seu pai, Pedro acaba por casar-se com Maria Monforte, filha de um antigo negreiro e com quem teve duas crianças, uma menina e um menino.

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Para infortúnio de Pedro, sua esposa conhece Tancredo, um príncipe italiano, apaixona-se e acaba por fugir com ele levando Maria Eduarda, sua filha. O menino filho do casal, Carlos, é deixado para trás e fica com o pai. Pedro da Maia nunca foi razoável ao lidar com perdas, sempre fora um garoto melancólico, deprimido. O estado agravou-se quando sua mãe faleceu, e perdendo agora a esposa que tanto amara, não sabia como suportaria. E de fato, não suportaria. Desiludido com a vida após ter sido deixado tão bruscamente e sequer saber o paradeiro da filha que foi levada por sua esposa juntamente com o amante, acaba por cometer suicídio, deixando Carlos para ser criado por seu pai, o senhor Afonso.
O avô cria Carlos com todo o zelo e carinho possíveis, dando uma forte educação britânica que pudesse preparar o rapaz para os melhores empregos e estudos, e apenas depois focando em religião. Posteriormente, o rapaz iria para Coimbra estudar Medicina, tornando-se então um médico formado.

O retorno e o reencontro

Após finalmente formar-se, Carlos retorna para Lisboa, onde decide exercer com afinco sua profissão. O status de médico lhe rendeu muitas paixões e o rapaz não tinha pudores em relacionar-se com diversas mulheres, mesmo as casadas, provocando profunda reprovação em seu avô. Entre suas amantes estavam Madame Castro Gomes e Gouvarinho.
Carlos é educado pelo avô, Afonso, que segue a doutrina britânica. Após formar-se em Medicina, ele regressa a Lisboa, exercendo a sua profissão com gosto e mantendo relações amorosas com mulheres casadas como a condessa Gouvarinho e Madame Castro Gomes.
Madame Castro Gomes era uma moça muito bela, e quando a conheceu Carlos não poupou esforços em saber mais sobre ela. Fica encantado e passa a segui-la, sem êxito. Para sua felicidade, consegue uma aproximação com Madame na ocasião em que sua governanta adoece ela chama o médico para que a diagnostique e a trate. Castro Alves era ausente, e assim Carlos e a Madame passaram a encontrar-se sempre que podiam, como amantes.
Sem conseguir mais esconder seu desejo e necessidade em estar com Madame, Carlos acaba comprando uma casa para instalá-la e encontrarem-se tranquilamente, mas é descoberto por Castro Gomes. Para a surpresa do médico, segundo Castro, Madame não era sua esposa, e sim sua amante, então Carlos poderia ficar com ela sem maiores problemas.

Passado revelado

Tudo parecia bem entre o casal, até que chega um emigrante de Paris dizendo ter conhecido a mãe de Madame, que na realidade se chamava Maria Eduarda. Ele buscava a moça para lhe entregar um cofre de sua mãe que, conforme o contou, possuía documentos que a identificariam e lhe renderiam uma boa herança. A mãe de Maria Eduarda era Maria Monforte, assim, mãe também de Carlos. O casal de amantes na realidade eram irmãos.
Carlos toma conhecimento da verdade antes de Maria Eduarda e decide esconder o que sabe, mantendo abertamente o relacionamento entre eles. Ao descobrir que o neto ao qual criou cometia incesto conscientemente, Afonso da Maia acaba por morrer de desgosto.
Maria Eduarda acaba descobrindo toda a verdade sobre seu passado e, agora rica pela sua herança, parte para o estrangeiro, abandonando Carlos que, para se distrair, decide correr o mundo.
fonte: http://livroseresumos.com.br/os-maias/

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